O pregador rejeitado

O pregador rejeitado

Uma certa igreja estava precisando de pastor. Um dos diáconos escreveu a carta seguinte, como se a tivesse recebido de um candidato e leu-a perante o conselho da igreja: "Senhores: Sabendo que o púlpito da igreja está vago, gostaria de candidatar-me ao cargo. Tenho muitas qualificações que, penso, irão apreciar. Tenho sido abençoado com poder na pregação, e tenho tido bastante sucesso como escritor. Alguns dizem que sou bom administrador. Algumas pessoas contudo, têm algumas coisas contra mim. Tenho mais de cinquenta anos de idade. Nunca fiquei no mesmo lugar, tive que deixar a cidade porque a obra causou tumulto e distúrbios. Tenho que admitir que estive na cadeia três ou quatro vezes, mas não por más ações. Minha saúde não é muito boa, embora eu ainda consiga trabalhar muito. Tenho exercido minha profissão para pagar as despesas. As igrejas e que tenho pregado são pequenas, embora localizadas em várias cidades grandes. Eu não tenho tido muita comunhão com os líderes religiosos das diversas cidades onde tenho pregado. Para falar a verdade alguns deles me levaram às barras do tribunal, e me atacaram fisicamente de maneira violenta. Eu não sou muito bom para manter arquivos de registros. Muitos sabem que até já esqueci quem foi que batizei. Todavia, se os senhores quiserem me aceitar eu me esforçarei ao máximo, mesmo que seja obrigado a trabalhar para ajudar no meu sustento". Depois de ler esta carta diante do conselho, o diácono perguntou se os oficiais estavam interessados nesse candidato. Eles replicaram que ele jamais serviria para aquela igreja; eles não queriam um homem enfermo, contencioso, turbulento, um presidiário descabeçado. E ainda mais, a apresentação desse candidato era até um insulto para a igreja. Depois, perguntaram qual era o seu nome e receberam esta resposta:

 "O apóstolo Paulo".

 

TESOURO EM VASO DE BARRO.

"Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para a excelência do poder seja de Deus e não de nós."
Em sua carta aos corintios, o apóstolo Paulo se opõe a algo comum nos dias de hoje: os "Profissionais do Evangelho". Ele se coloca como um vaso de barro que guarda um precioso conteúdo que é Jesus Cristo, também presente em nossas vidas.
Eis algumas características do verdadeiro vaso:

a)- Reconhece suas fragilidades (Is 6.5): diante do Poder de Deus, o vaso se coloca em seu lugar e mostra que é dependente única e exclusivamente de Deus e de sua infinita graça.

b)- Útil para o Senhor (2Tm 2.11): todos os dias está disposto a servir na Casa de Deus, exercendo com amor as atividades que lhe são confiadas.

c)- Supera os sofrimentos (2Tm2.1-3): sempre confiante no poder do Senhor, encontra forças para superar os obstáculos da vida.

d)- Cheio do Espírito Santo (Ef 5.18): a vida do crente cheio do Espírito Santo demonstra sua comunhão com Deus, refletida em sua vida.

e)- Anuncia as Boas Novas (Is 6.8): como portador do Evangelho da Salvação, está sempre pronto para divulgar as Boas Novas, a salvação eterna através da morte expiatória de Cristo Jesus.

f)- Guarda em seu interior um tesouro (Jr 15.16): o maior de todos os tesouros está guardado em seu coração, que é a Palavra de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

g)- Conhecido por seus bons frutos (Mt 7.17-20): seus atos, seu modo de viver e agir o diferenciam dos incrédulos, sendo um exemplo de vida.
Enfim, o verdadeiro Vaso do Senhor não é aquele adornado de ouro e cristal, mas pobre em conteúdo e vazio em seu interior.
O verdadeiro Vaso é aquele que, na sua simplicidade, exalta o único que é digno de todo louvor, toda honra e toda glória: Jesus Cristo, que morreu na cruz para remissão de nossos pecados.